Saúde
Período de chuvas exige atenção especial no combate ao Aedes aegypti
publicado em 11 de janeiro de 2021 - Por BJD
As chuvas são características do verão e trazem uma série de preocupações, entre elas a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya.
Neste período, o alerta é para os cuidados que a população deve ter no combate aos criadouros do mosquito.
Para isso, é importante que os cidadãos façam limpeza frequente em suas casas, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, caixas d’água ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito. Manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela, e usar lonas esticadas para cobrir materiais de construção são outros cuidados para evitar o acúmulo de água.
“Na maioria das vezes, a transmissão é no domicílio porque o mosquito tem uma maior atividade no começo da manhã e final da tarde. Esses são os momentos das famílias estarem normalmente nas suas residências, principalmente nos finais de semana”, explicou o professor de epidemiologia da Universidade de Brasília (UnB), Walter Ramalho, em matéria divulgada no portal do Governo Federal.
O epidemiologista lembrou que com a Covid-19 há pessoas que estão trabalhando em casa, o que aumenta o risco de exposição ao Aedes aegypti. Por isso, além dos cuidados coletivos para evitar os criadouros do mosquito, ele chamou atenção para a proteção individual. “Precisamos ter cuidado em proteger nossa residência, nos proteger usando repelente e, quando possível, usando roupas mais adequadas, camisa de manga longa e calças compridas.”
CAMPANHA NACIONAL
O Ministério da Saúde lançou, em novembro de 2020, a campanha nacional “Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo”, um chamado para a responsabilidade compartilhada de enfrentamento do transmissor da dengue, Zika e chikungunya.
O ministério lembrou que o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.
De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2020, 90,6% dos casos prováveis de dengue ocorreram entre os meses de janeiro e junho.
SINTOMAS DAS DOENÇAS
Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes e incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.
É importante que, ao surgirem os primeiros sintomas, o cidadão procure orientação médica em uma unidade de saúde. O tratamento é indicado pelo profissional de saúde de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente.
NÚMEROS
Os dados do Ministério da Saúde mostram que em 2020, até o dia 12 de dezembro, foram notificados 979.764 casos prováveis de dengue no país. Em relação à chikungunya, foram 80.914 casos prováveis da doença e 7.119 de Zika.